Victória é gargalhada, é flor do deserto, é andorinha que atravessa as estações e mergulha na vida e nas estrelas brilhantes. Victória é salgueiro à beira d’água, as folhas balançando tranquilamente através da tarde, Victória é menina correndo colina abaixo em direção ao vale, é garota se pendurando no galho das árvores altas, é coragem e medo, é felicidade clandestina, é brilho da manhã, é agasalho no fim de tarde de outono, é folha caindo vagarosamente e sendo levada pelo vento, Victória é riacho rumorejante descendo a montanha, o frescor da primavera derrubando flores em suas águas, Victória é sereia de água doce, mergulhando entre as algas sinuosas verde escuras. Victória é o dia que amanhece e o brilho do poente nas colinas perdidas, Victória é garota de beira de rio, as manhãs banhadas de sol e água fresca. Dentro dela dormem tardes antigas, famílias e abraços esquecidos.
- Diana Paris
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